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Copa
Brasil de Arrancada - 1ª etapa - 1 a 3 de junho |
Gaucho
de Arrancada - 4ª etapa - 1 a 3 de junho |
Comentarios
Texto:
Filipe Sturion / Fabio Pascoal
O Autódromo Internacional
do Velopark recebeu, entre os dias 1 e 3 de junho, a segunda
etapa da Copa Brasil de Arrancada. Juntamente com a etapa
nacional, aconteceu também a quarta etapa do Campeonato
Gaúcho, e por esta razão, as categorias regionais
Standard Light e Super Força Livre também foram
disputadas.
Os comissários
técnicos da CBA escalados para o evento foram os mesmos
que já estiveram em Curitiba, buscando assim a padronização
dos procedimentos e vistorias na prova.
A locução
da prova foi feita por Marko Locutor, que também narrou
brilhantemente a primeira etapa da Copa Brasil em Curitiba,
em parceria com Guto Ávila, tradicional narrador das
provas gaúchas.
Andamento
da prova
Na sexta-feira, aconteceram os primeiros treinos livres, que
se estenderam até o final da tarde, quando foram interrompidos
pouco antes das 6 horas da tarde pela ausência de luz
na reta.
Já no sábado pela manhã, foram realizados
mais treinos livres, seguidos pelo briefing com os pilotos.
O briefing acabou atrasando, e as largadas classificatórias
começaram atrasadas. Infelizmente São Pedro
não colaborou mais uma vez e a chuva interrompeu a
primeira bateria de largadas logo após o término
das puxadas da Dianteira Turbo A. Como a chuva não
parou, as atividades de sábado foram encerradas e o
evento deveria continuar no domingo, a partir das 8:30 da
manhã.
Apesar do cronograma apertado devido a chuva no sábado,
a prova se iniciou apor volta de 10 horas da manhã.
A bateria que havia se iniciado no sábado foi concluída,
e logo em seguida, foram feitas mais duas baterias. Devido
a chuva de sábado, a prova foi decidida por tempo,
e as puxadas eliminatórias não aconteceram.
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Tratamento
de pista
Depois dos problemas enfrentados na etapa anterior do
Gaúcho de Arrancada, o Velopark caprichou e apresentou
uma pista em ótimas condições para
os pilotos. O tratamento foi iniciado 1 semana antes
do evento, e a pista recebeu camadas de borracha e diversas
aplicações de VHT. Com a pista grudando
muito, tempo frio e a constante evolução
dos carros e pilotos, vários recordes foram quebrados
e grandes barreiras foram superadas! |
Destaques
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Standard
Light
Pela categoria Standard Light, disputada somente pelo
Campeonato Gaúcho, Rogério Souza da Silva,
da MC Automotiva, quebrou o recorde dos 402 metros do
Velopark ao registrar 13s137. Rogério foi também
o vencedor da competição. |
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Standard
Duelo de gigantes na categoria Standard! De um lado
Rafael Simon, da Exclusive Motorsport, que andandou
forte e conquistou recordes e vitórias em diversas
pistas nos últimos anos. De outro Clovis Wachter,
da Serv Car. Clovis é um dos pilotos mais tradicionais
e vitoriosos da categoria. A vitória foi para
Clovis, com ótimos 12s296 nos 402 metros. O “Alemão
Voador” |
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reagiu
rápido, vencendo a imobilidade em apenas 0s002
para garantir a vitória. Já Rafael Simon,
segundo colocado, levou o recorde da categoria para
a cidade de Palmeira das Missões (RS), com 12s295,
apenas 0s001 abaixo do tempo de Clovis! |
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Street
Tração Traseira
Briga paranaense na STT. O Estado, que tem tradição
na preparação dos motores 6 cilindros,
colocou dois pilotos na casa dos 11 segundos na categoria.
Marcelo “Padeiro” Poltronieri, da Julieta
Competições, registrou o recorde da categoria
com 11s334 nos 402 metros. Padeiro também venceu
a prova. Já o segundo colocado foi Arthur Xavier
Neto, de Cascavel (PR), registrou o tempo de 11s681
com o Opala da Speed Car Motorsport |
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Dianteira
Original
Fato histórico na categoria! O piloto e preparador
Alexandre Maia Betine, de Foz do Iguaçú
(PR), sagrou-se o primeiro piloto da categoria Dianteira
Original a andar na casa dos 10s, com incríveis
10s808, novo recorde da categoria! Tal feito foi alcançado
a bordo do Honda City aspirado, que ainda em fase de
acertos, já derrubou o placar da categoria! Decididamente
os Honda, com novas tecnologias, vieram para ficar!
A Evolution conquistou também a segunda posição
com Evaldo Rocha “Marechal” Jr, que registrou
11s505 nos 402 metros. Marechal mostrou que o VW AP
ainda tem fôlego na DO, já que |
em
sua última puxada, vinha com parciais próximas
ao do Honda, porém o carro amarrou nos últimos
201 metros e com a queda do desempenho, Marechal optou
por engatar a quinta marcha utilizando a embreagem,
perdendo assim centésimos preciosos. A Dianteira
Original começa a apresentar uma diversidade
de marcas. Além de Honda e VW, temos também
o Ford Ka de Alessandro da Silva, da equipe Injetech.
Temos noticias de que em breve, os GM também
entrarão na disputa! |
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Traseira
Original
O paulista Celso Camargo, da equipe Julieta Competições,
segue imbatível na categoria. Beliscou a casa
dos 9s com 10s010, e alcançou a velocidade final
de 228km/h a bordo do Chevrolet Opala! Os 9 segundos
estão muito próximos! Já a segunda
colocação foi para Joacir “Curinga”
Cavagnoli. Tradicional piloto gaúcho da categoria
STT, Curinga, da D & C Preparações,
veio forte pela Traseira Original e registrou a ótima
marca de 10s565 nos 402 metros. |
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Dianteira
Turbo C
Ivan Costa Silva, piloto e preparador da equipe Motor
Power, derrubou o placar com a impressionante marca
de 11s184 a 223km/h! Ivan foi também o vencedor
da categoria. A segunda posição foi para
Carlos “Lelo” Bento, da Lelo Motorsport,
com 11s608. Vale ressaltar que nesta puxada Lelo vinha
próximo as parciais de Ivan, mas enfrentou problemas
e passou no final dos 402 metros a apenas 180km/h. |
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Dianteira
Turbo B
Com 26 participantes, mais uma vez a DT-B foi a categoria
mais numerosa, e também uma das mais disputadas
da competição. O recorde trocou de mãos
por diversas vezes, passando por diversos pilotos e
oficinas de diferentes regiões brasileiras. O
segredo do sucesso da categoria é o regulamento
congelado durante anos, o que trouxe um grande desenvolvimento
em cima de um mesmo tipo de preparação.
O grande |
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vencedor
foi Leandro Maia Betine, piloto e preparador da equipe
Evolution Performance. Estreando a injeção
programável InjePro em seu bólido, Betine
registrou 10s827 nos 402 metros e levou a vitória
para a cidade de Foz do Iguaçu (PR). O segundo
lugar foi para o paranaense Charles Uscocovich, da Stumpf
Preparações. Charles é o novo recordista
da categoria com 10s806 e velocidade final de 243 km/h!
Durante a competição, diversos pilotos
andaram na casa dos 10 segundos! |
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Dianteira
Turbo A
Assim como aconteceu na Turbo B, o recorde da categoria
trocou de piloto por diversas vezes durante o final
de semana.! A equipe Kadu Racing, de Campinas (SP),
obteve um grande destaque, conquistando as 2 primeiras
posições e também o recorde da
categoria! O vencedor foi Renato Brizolari, que registrou
9s180 nos 402 metros mais reação de 0s020.
Em uma |
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categoria
tão disputada, o tempo de reação
fez toda a diferença! Já o segundo lugar
foi para Rodrigo Mizukami, que a bordo do Gol 8 válvulas
turbo, fez o tempo de 9s137 mais 0s086 no farol. O novo
recordista da categoria é Alex Carrara Moreton,
que a bordo do Chevrolet Astra Turbo A, também
da Kadu Racing, registrou 9s121 nos 402 metros, mas
devido ao alto tempo de reação teve que
se contentar com a quarta colocação! Não
podemos deixar de destacar também a participação
do gaúcho Demétrio Conradi, que estampou
9s899 a 264km/h com o Chevrolet Corsa, aumentando a
gama de carros na categoria. |
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Extreme
10.5
Quem levou a melhor na Extreme 10.5 foi Christiano José
Julio, da equipe Los Hermanos/Flash Preparações.
A bordo da Santa Matilde com estrutura tubular e motor
6 cilindros turbo, registrou 8s376 nos 402 metros. Tivemos
a estreia de Fabio Costa na categoria. Fabio “Bomba”
é um grande admirador dos VW de tração
dianteira. Possui diversos exemplares, entre eles, o
Gol DT-A da Espaço Motor com o qual chegou a
deter o recorde da pista de Curitiba.Agora, Fabio resolveu
encarar um novo desafio, |
e
assumiu as rédeas do Opala V8 supercharger que
pertenceu a Daniel Raniowski. Para a estreia, Fabio
cuidou do visual do potente Opala, com novas rodas e
plotagem no estilo “camuflado”, assim como
seus VW DT-A e DT-B, garantindo um visual impressionante.
Ainda em fase de adaptação, Fabio mostrou
que não tem medo de acelerar, largando forte
com o Opala e tirando as rodas dianteiras do chão!
Infelizmente problemas de ignição o impediram
de marcar bons tempos. |
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Pro
Mod
Enquanto aguarda a finalização dos upgrades
em seu Camaro Pro Mod, Roderjan Busato resolveu dar
uma volta com o novo Opala V8 de Fábio Costa,
e registrou 8s625 nos 402 metros, garantindo assim a
vitória na categoria Pro Mod. Problemas de ignição
impediram Roderjan de baixar ainda mais este tempo.
O segundo colocado foi Marcelo Griebler, que ainda não
conseguiu a passada perfeita com o Camaro V8 big block
nitro, e registrou o tempo de 10s014. |
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Dragster
Light
Além de acelerar o Camaro Pro Mod, o piloto gaúcho
Marcelo Griebler participou também com o dragster
light V8 aspirado. Gribler foi o mais rápido
da competição com o tempo de 7s828. |
Estranho
no ninho
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A
equipe capixaba Rev It Up, famosa por preparar os
Honda de rua mais poderosos do Brasil, resolveu mostrar
sua competência também nas provas de
Arrancada. Trouxeram um Honda LX 1999, equipado com
um motor K-24 aspirado que mesmo utilizando apenas
um corpo de borboleta e engolindo etanol de posto,
supera os 350cv segundo o preparador. “Nossa
meta foi mostrar que uma carro de rua, com marcha
lenta de 800 rpm é capaz de fazer bonito também
nos 402 metros e fazer frente a muitos carros que
queimam metanol e nitrometano”, relatou o preparador. |
Mas nem tudo
foi alegria para a equipe e piloto, pois por se tratar de
uma estreia, e a equipe desconhecer alguns pormenores do
regulamento, o carro, que a principio competiria na categoria
Dianteira Original, foi obrigado a migrar para a categoria
Dianteira Super, pois estava com capô e tampa do porta
malas confeccionados em fibra de carbono. Itens proibidos
na DO.
Na DS o Civic LX continuou fazendo bonito, marcando estúpidos
11s525 @ 203 km/h, que lhe garantiram a terceira colocação
no grid, mesmo carregando mais de 200 kg que seus concorrentes.
Quando
tudo parecia resolvido, bem no final da prova foi
levantado que o carro estaria fora também da
categoria DS pois o regulamento diz que a ordem de
montagem de motor cambio e diferencial não
pode ser alterada e o Civic LX de Marcio que originalmente
utiliza motor D series (D16) tem o Cambio na esquerda,
bloco na direita. Já o bólido da REV
It Up estava com motor K-24 onde o bloco fica na esquerda,
cambio na direita. Portanto fora do regulamento também
da DS.
Por sorte isso só foi levantado no final da
prova e como nenhum piloto protestou a equipe, eles
conseguiram voltar para casa com o caneco desta vez,
mas já sabem que da próxima vez isso
já não irá acontecer, pois pilotos
e equipes não deixarão o carro andar
fora do regulamento novamente.
Mas assim, o Dragsterbrasil.com da os parabéns
ao piloto e toda equipe, pois a sua meta de mostrar
que um canhão de rua pode também ser
um canhão na pista sem muitas alterações
foram alcançados e esperamos ver em breve essa
mecânica em uma carroceria K-series para colocar
em pânico a concorrência. |
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Motor
Honda Rev it UP
Motor a direita, câmbio a esquerda |
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Motor
D16
Câmbio a esquerda, motor a direita |
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Sustos
e quebras
Ainda na sexta-feira,
o piloto Marcio Julio, da equipe Los Hermanos/Julieta Competições,
passou por um grande susto! Na altura dos 300 metros, o piloto
foi efetuar o engate da quarta marcha, porém a segunda
marcha acabou sendo selecionada, “trancando” o
motor e ocasionando um principio de incêndio, que foi
controlado. Marcio nada sofreu, porém o Opala sofreu
algumas avarias na parte elétrica. O motor preparado
pela Julieta Competições mostrou grande resistência,
pois este não sofreu nada mesmo com o giro se elevando
brutalmente. A parte elétrica do carro foi toda refeita
durante a noite pelo técnico Heraldo Bueno, parceiro
da equipe, e no sábado pela manhã Marcio já
estava na pista novamente!
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Pela
dianteira Turbo C, Nelson Martelli, da equipe MotorPower,
vinha forte com o Gol quando o volante do motor foi
ejetado, cortando a capa seca do cambio e o capo do
veículo. A cinta de câmbio não foi
suficiente para segurar a peça, e o estrago foi
grande. Nelson nada sofreu. |
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Na
dianteira Turbo A, Fabio Costa, da Espaço Motor,
também subia forte com o VW Gol AP 16V turbo
quando o bloco do motor não suportou a potência
produzida e simplesmente quebrou rachou, ejetando os
pistões e bielas para fora! O carro teve um principio
de incêndio, que foi controlado. Fabio nada sofreu.
Algumas peças do carro de Fábio atingiram
o pára-brisa do Gol de Ricardo Borba, que tomou
um grande susto. Em categoria semelhante nos Estados
Unidos, é liberado o uso de policarbonato (“lexan”)
por baixo do vidro original, para tentar impedir que
estilhaços acabem acertando o piloto. Outra solução
mais simples seria o uso de películas transparentes. |
Notamos também
que diversos carros da categoria Dianteira Turbo B estão
bem ariscos nos últimos 201 metros. Nesta etapa tivemos
várias trocas de pista e pequenos sustos.
Proxima
prova
A próxima etapa da Copa Brasil de Arrancada acontecerá
no Autódromo de Curitiba, nos dias 6, 7 e 8 de julho.
Forum
G3
O grupo G3 possui um forum oficial de discussão de
regulamento. Não deixe de se cadastrar e externar
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