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Reportagens - Teste de resistência! Gol VW AP 16V Turbo João Tasso

Texto: Filipe Sturion / Fotos: Fabio Felix Pascoal

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O DragsterBrasil.com acompanhou com exclusividade o teste de resistência do motor VW AP do Gol FLD de João "Tiozinho" Tasso. Saiba como foi!

Há alguns meses, o DragsterBrasil.com noticiou que um motor VW AP turbo tinha ultrapassado a barreira dos 1000 cavalos. Muito se falou sobre a reportagem e vários leitores questionaram sobre a resistência e durabilidade de um "motor-bomba" como esse.

Acontece que durante muitos anos, as quebras eram frequentes em carros de Arrancada, mas com a chegada da eletrônica com sistemas avançados de gerenciamento de alimentação e ignição, além dos dispositivos de aquisição de dados, aliados a utilização de peças feitas com materiais nobres e de extrema precisão, os carros de Arrancada estão deixando de ser "frágeis" como acontecia antigamente!

João "Tiozinho" Tasso é um dos sócios da Sapinho Câmbios Especiais. Responsável pelos câmbios de muitos dos carros mais rápidos do Brasil, João utiliza seu Gol FLD para testar diversas soluções criadas pela empresa. "Antes de soltar um produto no mercado, é necessário que ele seja testado exaustivamente, e essa é a proposta do Gol FLD #39, que é o laboratório da Sapinho Câmbios" - nos conta João.
Apesar de trabalhar com desenvolvimento de câmbios, o piloto e também empresário decidiu colocar a prova o motor de seu carro. Qual é o fim do motor VW AP preparado? Até aonde ele aguenta? São essas perguntas que o teste feito por João buscou responder!


A prova é simples: o FLD #39 foi colocado no dinamômetro da Sapinho Câmbios, e foi levado ao extremo para provocar a quebra do motor! Além dos dados fornecidos pelo dinamômetro, o carro foi monitorado pelo datalogger interno da Fueltech FT400, e com isso, dados como rpm, pressão de turbo, ponto de ignição e muitos outros, são conhecidos e demonstrarão em qual situação o motor chegou ao seu limite.

A imagem ao lado mostra diversos dados coletados do carro da equipe Sapinho Câmbios.

Antes de falar dos resultados dos testes, é importante conhecer um pouco da construção do motor do Gol FLD. Trata-se de um VW AP com pistões AFP de 81mm, bielas BME, virabrequim de aço originário de um motor 1.8 e placa de reforço de mancal desenvolvida pela Sapinho Câmbios. Como podemos ver, João optou por um motor menor, com isso, aumenta-se a resistência a altos giros e pressões elevadas de turbo. E por falar em turbo, é utilizado um Bullseye S380 Racecover. Os mais de 4 kg de pressão enviados pelo generoso turbo-compressor são resfriados por um "metanol-cooler", sistema em que o metanol combustível passa pela colmeia de modo a refrigerar o ar pressurizado. O cabeçote 16 válvulas conta com comandos Schrick. O carro possui 10 bicos injetores Ford Racing de 160 lbs/h, sendo 8

posicionados na admissão e mais 2 na pressurização. A bomba de combustível é uma Aeromotive mecânica, e o dosador é da mesma marca. Para gerenciar o motor é utilizado uma Fueltech FT400. A ignição fica por conta de uma Spark Pro 4. Para garantir a lubrificação em altos giros, o motor conta com bomba de óleo externa de 3 estágios e sistema de carter seco.
Durante 2 dias o VW foi castigado no rolo da Sapinho Câmbios, com diversas puxadas seguidas acima dos 1000 cavalos de potência! Na foto ao lado podemos ver as 5 últimas medições, todas acima dos 1000 cavalos! O resultado foi obtido com "somente" 4.4kg de pressão (como Tiozinho se referiu ao número), o máximo que o turbo-compressor pôde produzir. A equipe Sapinho Câmbios fez diversas modificações para tentar elevar essa pressão de turbo, chegando a obter contra-pressão de escape igual a 0, porém, tudo indica que o caracol chegou ao seu limite. Além disso, o motor gosta de girar, sempre acima dos 9500 rpm!

Para a decepção de João Tasso e Edvaldo "Picolé", piloto que também participou dos testes, o motor permaneceu inteiro mesmo depois da sessão de tortura imposta pela dupla!

"Apesar de estar feliz com a durabilidade do meu motor, não conseguimos atingir o objetivo do teste que era a quebra e a constatação do limite das peças. De qualquer forma estou ancioso para ver o comportamento do carro na pista, já que foi a primeira vez que este motor superou a barreira dos 1000 cavalos de potência.", nos conta João.

É claro que seria fácil de quebrar o motor com ponto de ignição mais avançado, má alimentação, temperatura de ar elevada, etc. Porém este não é o objetivo do teste. O intuito é provocar a quebra com o aumento de potência, e é isso que será feito! Nos próximos dias o conjunto será revisado e carro será levado ao dinamômetro novamente, com diversos upgrades para que possa desenvolver ainda mais potência e finalmente chegar no ponto da quebra! Aguardem cenas dos próximos capitulos!




 
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