Foi dada a largada
no primeiro Campeonato Velopark de Arrancada.
Competição que reuniu nos dias
14 e 15 de junho grandes nomes da arrancada
nacional, em um duelo de tirar o fôlego.
O forte frio que caiu sobre o Rio Grande do
Sul, colaborou para um verdadeiro “festival
nacional de recordes”. Das 18 categorias
disputadas no final de semana, seis marcas foram
batidas em âmbito nacional. Vale ressaltar
que nesta etapa não existiram quebras
de recorde da pista, pois os tempos estabelecidos
no evento inaugural não foram considerados.
“Os tempos válidos serão
os do Campeonato Velopark, e por esta razão,
nesta etapa foram estabelecidas marcas a serem
batidas”, explica o diretor de provas
Rogério Gregoris. Segundo os organizadores
do evento, o grande número de recordes
nacionais quebrados se deve ao tratamento da
pista. “Estamos ‘lavando’
a pista com muita cola antes e durante a prova,
creio que dentro de mais uma ou duas provas
chegaremos a um nível perto dos americanos
em termos de grip”, garante Jhonny Bonila.
Além do frio intenso, o vento também
estava muito forte. Porém o povo gaúcho
compareceu ao Autódromo para acompanhar
de perto a festa na reta da velocidade. No sábado,
a chuva lavou a pista de Nova Santa Rita, chegando
a ameaçar o andamento do evento. Os treinos
livres, que seriam realizados no período
da manhã, só aconteceram após
o almoço, e as baterias classificatórias
aconteceram a noite, proporcionando mais uma
vez belíssimas imagens.
O evento foi disputado no sistema de eliminatórias,
proporcionando muita emoção a
todos os presentes, que assistiram a belos duelos
e também algumas situações
inusitadas, como carros lutando para chegar
ao fim dos 402 metros mesmo quebrados e seguirem
assim para a fase seguinte, e algumas zebras
nas categorias.
Aceleraram na reta da cidade de Nova Santa Rita
os Dragsters Pro Comp da recém criada
Categoria Velopark Drag Series, que terá
nos dias 9 e 10 de agosto o início do
campeonato 2008. Alguns dos pilotos confirmados
na categoria como Jorge Fleck, Maria Cristina
Rosito, Sérgio Cirne, Leonardo Garcia
e Ricardo “Pudim” Bersani, fizeram
uma exibição ao público,
mostrando grande sincronismo na tocada, com
tempos constantes na casa dos 7s6. Maria Cristina
Rosito foi a mais rápida da categoria,
com tempos na casa dos 7s5. Além disso,
a piloto gaúcha assustou a todos quando
não abriu o pára-quedas e acabou
rodando no final da reta. Alexandre Kayayan
deixou sua SS10 Drag em São Paulo para
se dedicar ao acerto dos Dragsters do Velopark.
“Estou bem familiarizado com motores big
block. Foi fácil fazer os acertos de
giclagem para adequar os motores ao nosso combustível.
Foi um prazer trabalhar pessoalmente com o construtor
Kurt Damron. Kurt acelerou um dos dragsters
ao lado de Ricardo “Pudim” Bersani,
e deu brasileiro na disputa!
Street
Tração Dianteira
A puxada final foi entre os pilotos gaúchos
Clovis Waechter e Julio César Della Rosa.
Clovis, o “Alemão Voador”,
levou a melhor com 12s960 mais 0s093 de reação,
contra 14s058 mais 0s248.
Street Tração Traseira
Apesar do pouco tempo nas pistas de arrancada,
Douglas Carbonera, da cidade de Caxias do Sul
(RS), mostrou que vem para aterrorizar, ao registrar
incríveis 11s709 com o Opala SS laranja,
baixando o recorde nacional da categoria. Vale
ressaltar que usando pneus radiais, porém
acelerando pela SSTT, chegou a registrar 11s649.
“O ponto alto do meu carro está
na suspensão, que é diferente
do que estamos acostumados a ver na categoria.
Estou percorrendo os 201 metros iniciais em
7s6 constantemente. Cheguei a registrar 1s890
e 7s558 nas parciais da minha melhor puxada”,
nos conta Douglas. Valendo a taça da
categoria, Carbonera alinhou com Fabio Pedroni,
e a disputa foi acirrada. Douglas venceu com
12s039 mais 0s251 no farol. Já Prdroni
registrou 12s184 e reação de 0s332.
Street
Turbo Tração Dianteira B
Esta foi a categoria mais disputada do final
de semana, com vários pilotos andando
na casa dos 11s4. O paulista Márcio Evangelista
Pinto, da equipe MCR/Turbo Anhanguera, está
em grande fase e quebrou o recorde nacional
da categoria com baixos 11s445. A final foi
disputada com Ricardo Duarte de Paula, o Kiki,
da Lelo Motorsport. Márcio faturou com
11s886 mais a boa reação de 0s058.
Já Kiki, que estava com problemas na
embreagem, registrou 12s000 mais 0s184 no farol.
O preparador Bolinha, da equipe MCR, vibrava
a cada puxada ganha por Márcio: “Cada
puxada é um grande desafio, e a vitória
é comemorada como uma quebra de recorde!”
Street
Turbo Tração Traseira
Jorge Liscano, de Gravataí(RS), andou
sozinho na categoria, mas nem por isso deixou
de acelerar a Marajó turbo, que é
equipada com bloco do motor original do Chevette.
Jorge registrou 11s623 mais 0s195 no farol.
Street
Turbo Tração Dianteira A
1 semana após ter entrado na casa dos
10s em Curitiba, Cacá Daud voltou a repetir
o feito, baixando ainda mais a marca nacional,
para estúpidos 10s884. Dono de uma constância
invejável, Cacá era o grande favorito
da disputa. Porém, na puxada válida
pelas oitavas de final, o piloto sofreu com
a quebra de uma das homocinéticas, mas
conseguiu avançar para a fase seguinte.
Agora de homocinética original, Caca
avançou no Bye Run, e enfrentou o piloto
Rodrigo Mazuco de Almeida na semi-final. A homocinética
deixou Caca novamente na mão, e Rodrigo
passou para a final, que seria disputada contra
Rafael Pagliuca, da equipe Motorfort. Rafael
faturou com 11s443 e reação de
0s288, contra 12s006 nos 402 metros mais reação
de 0s132, de Rodrigo.
Super Street
Tração Dianteira
Mesmo com pneus radiais, Julio Dalla Rosa venceu
com 13s159 mais 0s133 no farol, deixando Marcio
Mello Bomacha e o Kadett aspirado, que está
em fase de acertos, na segunda posição,
com 14s096 mais 0s401 no farol.
Super Street
Tração Traseira
Manuel Castañon, de Minais Gerais(MG),
trouxe novamente o Dodge “Monstro”,
agora na cor preto fosco, para acelerar nos
402 metros do Velopark, e faturou com 10s981
mais 0s538 de reação. O segundo
lugar foi para Douglas Carbonera, que acelerou
o Opala recordista da STT, e registrou a marca
de 11s649 mais 0s338 de reação,
utilizando pneus radiais.
Força
Livre Tração Dianteira
Em sua segunda participação com
o Golf Turbo, Felipe Johannpeter andou forte
e conquistou o recorde nacional da categoria,
com 9s456. Apesar do recorde, Felipe não
pode participar de uma das eliminatórias
e não seguiu para as finais. João
Roberto Tasso, o Tiozinho da Sapinho Câmbios,
que também era grande promessa de quebra
de recorde e vitória, acabou queimando
a largada e saindo da disputa. Com problemas
de cabeçote, Luciano Nichetti fez uma
semi-final dramática! O belo VW Gol do
piloto tinha problemas para manter-se funcionando,
e Nichetti largou sozinho. O piloto precisava
apenas chegar ao final dos 402 metros para avançar
para a grande final, mas esta tarefa não
foi fácil! Após vários
problemas para ligar o bólido, Nichetti
arrancou vagarosamente, e por volta dos 100
metros, o propulsor quase apagou! Apesar do
tempo extremamente alto, esta largada causou
grande emoção a todos, principalmente
aos integrantes da equipe, que “empurraram
o carro com os olhos” ao final dos 402
metros! Com a missão cumprida, Nichetti
retornou aos boxes, e o novo cabeçote
foi instalado em menos de 30 minutos! Porém,
mesmo com todo o esforço da equipe, o
carro não ficou pronto em tempo, e a
final foi disputada em sistema de bye run por
Airton Carraro Jr. O piloto da cidade de Chapecó(SC),
chegou a andar na casa dos 9s4 em puxadas anteriores,
e mesmo largando sozinho, andou na casa dos
9s, com 9s825, mas com reação
de 0s943. Não podemos deixar de destacar
o trabalho da equipe Furlan. O motor do Gol
de Mauro Schineider foi totalmente destruído
com a quebra do virabrequim, e a equipe trabalhou
rápido para construir um novo propulsor
no box do Velopark. Tivemos 2 sustos na categoria:
Após perder a puxada final, Luciano Nichetti
foi autorizado a largar no final do evento,
quando ocorreu a quebra do bloco do potente
motor AP 8V. Uma bola de fogo na parte dianteira
do bólido foi vista, e o Gol trocou de
pista. Os estilhaços do motor acabaram
cortando os flexíveis dos freios, e Nichetti
mostrou muita perícia para fazer a curva
e parar na grama. Já Alessandro Rezende
não teve tanta sorte. Na largada de sábado
a noite, o maranhense também teve problemas
nos freios, e acabou batendo na barreira de
pneus. Foram apenas pequenos prejuízos,
mas que impossibilitaram o piloto de seguir
na disputa.
Força
Livre Tração Traseira
Gelson Henrique Dias da Silva faturou acelerando
sozinho na final. A bordo da bela Karmann Ghia
TC, o piloto gaúcho andou na casa dos
9s com 9s743s. Alex Wagner, que enfrentaria
Gelson, precisava efetuar uma largada válida
na semi-final, no sistema de bye run. Porém
o piloto não agüentou a vontade
de acelerar e acabou quebrando já na
largada, ficando de fora da final. Destaque
também para Tarlis Malinovski e a Puma
vermelha, que voltou as pistas esbanjando força.
Porém, Tarlis foi traído pela
parte de baixo do seu motor, que acabou estilhaçada
em uma quebra espetacular. Já Marcelo
Manara, que era um dos grandes favoritos a vitória,
enfrentou diversos problemas na transmissão,
e não conseguiu repetir a boa participação
do evento anterior.
Estruturada
Maurício Fontana acelerou o Chevette
Hatch preparado pela Rhonaldo Motorsport e registrou
a boa marca de 9s056. O pequeno bólido
equipado com motor 6 cilindros turbo mostrou
força de sobra, ao subir os 402 metros
riscando o concreto! A segunda posição
ficou para Alexandre Rezende, que não
pode participar das finais devido ao acidente
ocorrido com o Gol FLTD no sábado.
Import
Quem não se lembra de Alexandre Kayayan
e os inúmeros recordes quebrados com
o Camaro blower? Agora é a vez de Adriano
“Drico” Kayayan aniquilar os recordes
com o Camaro bi-turbo! Drico baixou várias
vezes seu recorde pessoal, culminando com baixos
9s468! O feito foi registrado com apenas 1.1kg
de pressão de turbo, registrados pela
memória da injeção Fueltech!
O detalhe mais curioso, é que Adriano,
da Profix Drag Race, segue fazendo seus passeios
pelas ruas de São Paulo com o bólido
recordista! Adriano ainda mostrou muita perícia
quando o Camaro apontou para o muro em uma das
largadas, e de pé embaixo, registrou
9s6. O piloto paulista faturou com 9s823 mais
0s509s de reação, contra Diogo
Pereira da Silva, que queimou a largada com
a Audi RS2.
Hot
Briga de Dodges na categoria! André “V8”
Carrillo, da cidade de Santo André(SP),
com o Dodge branco contra Manuel Castañon,
com o Dodge bege, da cidade de Belo Horizonte(MG).
O Dodge de André estava melhor do que
nunca, e o piloto baixou a marca nacional da
categoria com ótimos 9s950. Na final,
faturou com 10s012 mais 0s516 de reação,
contra 10s632 mais 0s456 de Manuel.
Stock
André Carrillo andou sozinho na categoria,
e enfrentou alguns problemas elétricos
com o Mustang V8 blower. André venceu
com 9s045 mais 0s655 no farol.
Pro Stock
Clovis dos Reis levou a SS10 V8 blower para
o Velopark. Em fase de acertos, registrou 9s116
mais 0s478 de reação. O piloto
demonstrou muita perícia para segurar
a pickup na pista, e ainda passou por um grande
susto com um princípio de incêndio
na SS.
Dragster
Light
Daniela Frigo não pode comparecer nessa
prova, e Sidnei “Grandão”
Frigo assumiu as rédeas do Dragster de
sua esposa! Com novos acertos na injeção,
Grandão entrou na casa dos 6s com o V8
small block, registrando 6s778 mais 0s265 no
farol. A segunda posição ficou
para Fabiano Stangherlin, que acelerou o dragster
4 cilindros preparado pela equipe Pletsch Motorsport
e registrou 8s516 mais 0s734 no farol. Com a
quebra de um pistão no sábado,
a equipe Pletsch teve que trabalhar até
a madrugada no motor do dragster de Fabiano.
Dragster
Motor Dianteiro
Enquanto o novo blower de André Takeda
não chega, o piloto correu com outro
compressor, maior do que o permitido na categoria
PS Por esta razão, o Kamikaze foi para
a categoria DMD com a Bel Air. Agora pela equipe
Pro Street Drag Race, e com acertos de injeção
feitos pelo americano Spike Gorr, Takeda registrou
8s239 mais 0s275. A Bel Air largou forte, tirando
as rodas dianteiras do chão e fazendo
1s088 de 60 pés, mas o tempo na casa
dos 7s não veio, pois o bólido
insistia em apontar para os muros!
Dragster
Motor Traseiro
Mais um show de Alejandro “The Flash Power”
Sanchez, e mais uma página escrita na
história da Arrancada brasileira! Depois
de quebrar a barreira dos 400km/h em Curitiba.
Alejandro registrou também a velocidade
mais alta no Velopark, com 395km/h! Mas o ponto
alto foi a quebra do recorde brasileiro de Arrancada,
com incríveis, 5s763! Tal feito ocorreu
no fim da tarde de domingo. Ainda no sábado,
Alejandro já tinha baixado o recorde
brasileiro, andando na casa dos 5s8, e mostrando
o grande acerto feito por Antonio de Freitas,
da equipe Power Plus. O piloto da Flash Power
venceu a etapa. Já Sidnei “Grandão”
Frigo, enfrentou alguns problemas, com uma espetacular
quebra do motor já na sexta-feira. Grandão,
que possui uma estrutura grandiosa, colocou
o motor reserva no bólido e voltou para
a pista! O piloto da Artivinco Racing registrou
6s084, mesmo destracionando bastante com o Top
Alcohol! A disputa entre Alejandro e Grandão
promete esquentar ainda mais para a alegria
de nossos olhos e ouvidos!
A segunda etapa
do Campeonato Velopark de Arrancada está
marcada para os dias 9 e 10 de agosto, quando
será realizada também a primeira
etapa do Drag Series, campeonato com os dragsters
Pro Comp do Velopark.