:: Página Principal  
 

  - Etapas


Etapa Final - 19 a 21 de novembro - Velopark (RS)

Texto: Fabio Pascoal / Filipe Sturion

A etapa final do Campeonato Brasileiro de Arrancada foi realizada entre os dias 19 e 21 de novembro, no completo automobilístico do Velopark, na região metropolitana de Porto Alegre (RS). Durante o ano, o campeonato acabou perdendo participantes devido ao cancelamento das aguardadas etapas em São Paulo e centralização no extremo sul de um país com dimensões continentais. Afinal o local da prova mudou para uma pista a somente 1200km de distancia, prejudicando a logística de pilotos, preparadores e público.

Mesmo assim, a etapa contou com 122 participantes nas 16 categorias disputadas. A pista recebeu tratamento VIP, com as máquinas da SPID, que foram levadas pela Artivinco Racing para o Velopark. Com um excelente grip e um nível elevado dos participantes, 10 categorias tiveram recorde quebrado durante o final de semana.

Na sexta-feira e no sábado pela manhã ocorreram treinos livres. No sábado a tarde, deveriam acontecer 2 baterias de largada, porém algumas quebras e o forte acidente de Cristiano Julio com a Santa Matilde da categoria Extreme 10.5, acabaram prejudicando as condições da pista e as largadas classificatórias foram interrompidas. No domingo, foram realizados mais treinos, e em seguida, a bateria de sábado foi finalizada para então dar inicio a bateria de domingo. Logo após, os classificados foram chamados para as puxadas finais, no estilo mata-mata. Com um bom número de participantes em diversas categorias, o sistema de mata-mata trouxe grande emoção. Era possível ver a apreensão das equipes, comemoração, gritos e muita emoção a cada largada! O público também elegeu seus favoritos.


Standard
A briga entre os 8V e 16V esquentou no Velopark. Marcio Souza da Silva, da Usados Racing, foi o mais rápido da competição ao baixar o recorde da categoria para 12s130 com o VW Gol Gti 16V, mas não saiu com a vitória. Quem levou a melhor na puxada final foi Rafael de Souza Simon, com o Gol caixa 8V da equipe Benoni.
Simon registrou 12s615 mais 0s071 no farol. Durante as classificatórias, Rafael Simon chegou a registrar 12s366. O segundo colocado foi Paulo Vinicius Gondawski, da Injetech, com 12s906 mais 0s033 de reação.

Dianteira Original
Assim como aconteceu na Standard, o recordista não saiu com a vitória do Velopark. Alexandre Maia Betine foi o vencedor com 12s151 mais 0s163 na puxada final. Vale lembrar que o Gol caixa da Evolution Performance conta agora com cabeçote 16 válvulas. O segundo colocado, representando os 8 válvulas, foi o gaúcho Julio Cesar Dalla Rosa, com 13s082 mais 0s135.
Já o maranhense Arthur Telles, um dos grandes favoritos, acabou ficando com a terceira colocação, mas nem por isso deixou de comemorar junto a equipe gaúcha HG Preparação, pois durante as classificatórias, derrubou o recorde da categoria para ótimos 11s736!

Traseira Original
Celso Camargo, representando o Chevrolet Opala, e Leovaldo Petry, com o Ford Maverick, travaram um belo duelo durante todo o final de semana! O público presente ficou de pé para assistir a puxada final que representava uma das maiores rivalidades do automobilismo nacional, GM X Ford! Quem levou a melhor foi o paulista Celso Camargo, da equipe paranaense Benato Racing. Celso voltou a andar na casa dos 10s com 10s855 mais a ótima reação de 0s017. Já leovaldo, registrou 11s132 de pista, e queimou a largada com -0s232. Vale lembrar que durante as classificatórias, Leovaldo também andou na casa dos 10s com 10s893.

Dianteira Turbo C
O paulista Fabricio Coppini segue aterrorizando a categoria com o Gol caixa preparado pela Lelo Motorsport.Com novo turbo Garrett/DNT, baixou o recorde da categoria para absurdos 11s616, tempo que deixa muitos DT-B comendo poeira! Mas uma quebra já nas quartas de final deixou Coppini fora da disputa. Quem levou a melhor foi Javier Mendoza da equipe Motor Power, com 12s768 mais 0s409 na puxada final. Em segundo lugar temos Sancler Machado, com 14s625 mais 0s016.

Dianteira Turbo B
O gaúcho Gelson Facchinetto, da Facchineto Motorsport, faturou a puxada final com 11s812 mais 0s110 no farol. O segundo colocado foi Marcio Evangelista Pinto, da Turbo Anhanguera/Espaço Motor, com 12s040 mais 0s136 de reação. Mas quem mais comemorou na categoria foi o 3º colocado Flavio Cazzado, da cidade de Rolândia (PR). Cazzado fez história ao ser o primeiro DT-B a entrar na casa dos 10 segundos com 10s941!
As parciais desta incrível marca foram: 1s997 nos 60 pés, 5s066 nos 100 metros, 7s389 nos 201m, 9s271 nos 201m, fechando com 10s941 a 229km/h nos 402 metros! O mais impressionante é que o carro, preparado pela Teruo Motorsport, é considerado simples para a categoria! Possui apenas 4 injetores, usa alcool como combustível, não possui booster eletrônico e, na era dos turbos roletados, utiliza a guerreira Holset HX40. Parabéns a Flavio Cazzado e ao mestre Teruo por esta grande conquista! Vale lembrar ainda que até então, o único carro com pneus radiais a andar na casa dos 10s foi o saudoso Astra Turbo A de Caca Daud.

Dianteira Turbo A
Valmor Menegatti Jr, de Maringá (PR), enfrentou os multiválvulas da categoria e colocou o Gol 8V preparado pela Tiririca Racing no local mais alto do pódio. Na puxada final registrou 10s511 mais 0s047 no farol. O segundo colocado foi Marcelo “Tuxo” Prezotto, da Kadu Racing, também de 8V. Tuxo registrou 10s673 mais 0s33 no farol.
Após perder o recorde da categoria nos 201 metros do ECPA, Erik Araujo Moura, com o Gol 16V da equipe Motorfort, mostrou os músculos do seu propulsor e deixou sua marca estampada no Velopark com 9s721, novo recorde da categoria.

Turbo Traseira
Final paranaense na categoria. Quem levou a melhor foi Guilherme Emiliano, da Julieta Racing, com 10s158 mais 0s327 no farol. Durante as classificatórias, Guilherme ainda bateu o recorde da categoria com 9s555. O segundo colocado foi Jorge Pacheco, da Fortech, com 10s227 mais 0s198 no farol. Jorge chegou a registrar 9s703 em uma largada anterior.

Traseira Super
O mineiro Gustavo Castañon andou forte com o Maverick aspirado e venceu com 10s718. Na puxada final deu um susto em todos quando o Maverick puxou para o lado e Gustavo quase invadiu a outra pista. O piloto da Castañon Drag Race ainda derrubou o recorde da categoria com 9s389. O segundo colocado foi Carlos Eduardo Rosa, que registrou 11s777 com o Dodge aspirado.

Força Livre Dianteira
A categoria criou uma grande polêmica. A final foi disputada entre o gaúcho Jader Krolow, da Staudt Motorsport, e o paulista Caca Daud, da ATS/Goodyear. Na última puxada, Caca queimou a largada ainda antes da luz verde, e após uma reunião entre os comissários desportivos e os 2 pilotos, foi feita uma nova final. Isso causou um desconforto muito grande entre os presentes no Velopark, pois a queima antes da largada já havia acontecido com outros pilotos, “Eu fui largar, a luz amarela ainda estava acessa, e a luz vermelha acendeu como se eu tivesse queimado a largada sem mover o carro. Isso não aconteceu só comigo, outros pilotos
também foram prejudicados. Assim que eu desci do carro no farol, a organização e a cronometragem já me chamaram para uma conversa juntamente com o piloto Jader Krolow ficando decidido que eu faria uma nova largada e dando a opção para o outro piloto de manter o tempo ou repetir a largada no momento em que ele desejasse.  A organização da competição assumiu o erro na cronometragem na minha largada, mas não deu a oportunidade para outros pilotos também realizarem uma nova puxada”, diz Cacá, que ficou chateado com a situação. “Parece que eu fui beneficiado, mas o erro foi da organização e da cronometragem”, explica o piloto. “Aconteçeu a mesma coisa comigo logo depois na Dragster Light e sabe a resposta me deram? (desculpa pudim) é culpa dos aparelhos de cronometragem, perdi a prova mas não reclamei por que não quero que ninguém fale que fui campeão no grito. E ser “apedrejado” verbalmente como aconteceu com o Cacá, por causa de um erro que não foi dele. A minha meta era ser campeão Brasileiro, e a segunda colocação já me concedia o titulo, preferi deixar como estava”, desabafou o Piloto Ricardo “Pudim” Bersani.

Já Jaime Kopp, da cronometragem do Velopark, se defende.“Não houve erro! Nosso sistema é muito sensível, e qualquer movimento, as vezes de uma simples trepidação pode acusar uma queima. Esta sensibilidade é sinal da eficiência de nossos equipamentos”. Segundo Jaime, a queima ocorre ao apagar do Stage. Caso o piloto alinhe muito raso, as vezes por medo de queimar, pode acontecer da trepidação acabar tirando o pneu do feixe de laser. Apesar do grande desconforto criado, a nova puxada final aconteceu, e Jader mesmo tendo feito uma puxada minutos antes e estar com seu equipamento fadigado para um novo confronto, encarou o desafio e venceu, levando o caneco e conquistando seu mais que merecido titulo.

No ponto de vista do Dragsterbrasil.com, o erro foi da direção de prova que só admitiu o erro no final da competição, deixando outros competidores que foram lesados pelo mesmo motivo "chupando dedo".

Força Livre Traseira
Sandro José Bruno, piloto e preparador da equipe Sportsystem, venceu com o Fusca turbo com 9s331 nos 402 metros mais 0s124 no farol. O segundo colocado foi Alex Sander da Silva, de Toledo (PR), com 10s197 mais 0s241 a bordo do Chevette turbo.

Extreme 10.5
O gaúcho Rafael dos Santos Antonetti, da Motorcar Racing, barbarizou já na estréia de seu novo carro! O impecável, lindo, maravilhoso, potenteChevette equipado com motor GM C20XE e câmbio G-force clutchless fez a ótima marca de 8s231, novo recorde da categoria! Porém Antonetti não saiu com a vitória, já que não compareceu na semi-final. Com isso o caminho ficou livre para o mineiro Claudio Castañon
faturar com 9s609 com o Mustang bi-turbo. Já o paranaense Cristiano Julio passou por um grande susto. Problemas mecânicos fizeram a bela Santa Matilde Turbo capotar e cruzar a pista na frente do Chevette de Rafael Antonetti, que precisou desviar para outra pista e assim evitar um acidente ainda maior. Apesar da violência da batida da Santa Matilde no muro, Cristiano saiu do carro rapidamente e acenou para o público, comemorando ter escapado do acidente sem nenhum arranhão.

Pro Mod
Luis Rafael Ribeiro, de Campo Grande (MS), andou sozinho na categoria e registrou o tempo de 8s916 com o Opala V8 blower preparado pela Gandolfo Drag Race.

Dragster Jr 1
O pequeno Lucas Frigo acelerou o Dragster Jr da Artivinco Racing e fez a marca de 11s249.

Dragster Jr 2
Isabela Frigo, da Artivinco Racing, andou forte com o Dragster Jr e baixou o recorde da categoria para 8s722 nos 201 metros.

Dragster Light
Marcelo Griebler venceu com o Dragster V8 big block aspirado com o tempo de 8s226 mais 0s066 no farol. Já o segundo colocado foi Ricardo “Pudim” Bersani, da Grid Race Team/Corinthians. Pudim queimou a largada da puxada final, mas nem por isso deixou de comemorar, já que levou para casa o recorde da categoria com 6s828.

Dragster Top Alcohol
Sidnei “Grandão” Frigo, da Artivinco, não conseguiu fazer uma boa apresentação durante o fim de semana. A pontencia descomunal de seu Dragster fazia o carro destracionar e conseqüentemente a correia do blower ia pelos ares prejudicando o tempo final. O melhor tempo de Grandão foi de 8s5. A prova contou também com a estréia do novo Dragster da Artivinco Racing, que foi pilotado por Hugo Nani, preparador da equipe.


 
  :: Página Principal